Polícia mata seis em operação contra roubo de caminhonetes
Em uma operação considerada “decisiva” que “evitou um grave crime de roubo com restrição de liberdade na cidade de Anastácio”, seis homens morreram em confronto com policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (Defurv) e da Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) por volta das 21 horas desta sexta-feira (8)
Nenhum policial saiu ferido na operação, que aconteceu próximo da área urbana de Anastácio, cidade que fica a cerca de 130 quilômetros a oeste da Campo Grande.
Em nota no começo da manhã deste sábado (9), a assessoria da Polícia Civil informou que “durante a semana, equipes de investigação da DEFURV fizeram diversas diligências investigativas que indicavam o planejamento de um roubo majorado pela restrição de liberdade”.
Ainda de acordo com a polícia “as investigações concluíram que parte da associação criminosa era oriunda do estado de Goiás com antecedentes criminais, inclusive, ameaças a autoridades daquele Estado. Os autores iriam iniciar crimes de roubos na cidade de Anastácio e região, manteriam as vítimas em cativeiro e na sequência, transportariam as camionetes roubadas para a Bolívia”.
A nota diz ainda que na noite desta sexta-feira, “durante monitoramento dos criminosos, as equipes agiram com base em informações concretas e realizaram uma abordagem com sinais luminosos e sonoros. Diante da fuga de uma motocicleta com dois homens, as equipes iniciaram uma perseguição, ambos estavam armados e não exitaram em atirar contra a equipe policial. Durante a troca de tiros os criminosos foram atingidos e mesmo socorridos acabaram vindo a óbito”.
Simultaneamente, diz a nota “outra equipe abordou um veículo Fiat/Uno, no qual havia quatro ocupantes, todos armados e ao serem abordados, igualmente reagiram atirando contra os policiais. Em resposta ao iminente risco, os policiais realizaram disparos, atingindo quatro criminosos que, mesmo sendo socorridos ao hospital mais próximo, acabaram falecendo”.
A nota informa também que dentro do Uno foram encontrados objetos como braçadeiras e fita silver tape, além das armas de fogo, indicando claramente a intenção criminosa da quadrilha.”
A polícia também informou que “dos seis criminosos, quatro foram identificados e todos já contam com diversas passagens policiais, pelos crimes de homicídio, roubo, furto, receptação, tráfico de drogas, ameaças contra agentes do Estado, juízes e promotores, dentre outros, além de um deles ser evadido do sistema prisional.”
Os seis corpos estão no IML de Anastácio e a identidade dos mortos ainda não foi informada. Em imagens divulgadas pela assessoria da Polícia Civil aparecem seis armas que teriam sido encontradas com os suspeitos. Os policiais também mostraram a fita que seria usada para amordaçar as possíveis vítimas e vários “enforca-gatos”, normalmente usados pelos bandidos para imobilizar os proprietários de veículos que seriam atacados.
Esta foi a ação mais letal da polícia de Mato Grosso do Sul desde o dia dez de janeiro de 2021, quando sete suspeitos foram mortos pelo Garras em Ponta Porã.
Mas, 2023 tem se destacado pelo alto número de pessoas mortas em ações policiais no Estado. Dados da Sejusp apontavam que até meados desta semana haviam morrido 117 pessoas em confrontos policiais. Com mais esta ocorrência, são pelo menos 123. No ano passado haviam sido 51 casos e no no ano anterior, 49.
Fonte: Correio do Estado