Brasileiro de 15 anos morre no Líbano durante bombardeios de Israel contra o Hezbollah
O Itamaraty confirmou nesta quarta-feira (25) a morte de um adolescente brasileiro e de seu pai no Líbano em meio a bombardeios de Israel contra o Hezbollah na região do Vale do Beqaa.
De acordo com o Ministério de Relações Exteriores (MRE), o jovem Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, e seu pai Kamal Hussein Abdallah, de 64 anos, que era libanês e tinha nacionalidade paraguaia, morreram vítimas de um foguete que atingiu a cidade de Kelya.
A embaixada brasileira já está em contato e prestando apoio à família, que é de Foz do Iguaçu (PR). De acordo com a família, o bombardeio ocorreu na segunda-feira e que o adolescente tinha se mudado para o Líbano com o pai e dois irmãos.
A data da morte dos dois não foi informada pelo Itamaraty até a última atualização desta reportagem. Também não há informações de onde teria partido o foguete.
Os irmãos que vivem no Líbano estão recebendo assistência da embaixada brasileira e devem voltar para o Brasil.
Ao g1, a irmã do adolescente, Hanan Abdallah, contou que ele e o pai foram para o Líbano trabalhar em uma pequena fábrica familiar de produtos de limpeza.
O pai e o adolescente mortos moravam na cidade de Kelya. Kamal Hussein Abdallah morava junto com outros dois filhos, Mohamed, de 16 anos, e , Iara, de 21 anos. De acordo com a família, Mohamed também se feriu no bombardeio, mas sobreviveu e que ele e a irmã estão a caminho do Brasil com previsão de chegada na quinta-feira (26).
Bombardeios israelenses no Líbano se intensificaram nos últimos dias. Na segunda-feira, mais de 560 morreram e mais de 1,8 mil ficaram feridas nos ataques direcionados ao grupo extremista libanês Hezbollah, no dia mais sangrento desde a guerra do Líbano, em 2006.
Israel x Hezbollah
Na segunda-feira (23), os ataques deixaram 569 pessoas mortas e 1.835 feridas, segundo o governo do Líbano.
Israel afirmou que está conduzindo uma operação militar na fronteira com o Líbano para que moradores da região possam voltar para casa. Esses israelenses deixaram a área por causa de ataques do grupo extremista Hezbollah, que atua no Líbano.
Hezbollah e Israel possuem um histórico de desavenças, que já resultou em uma guerra em 2006. O conflito na região voltou a se intensificar em outubro de 2023. À época, o grupo terrorista Hamas invadiu Israel, o que resultou na morte e sequestro de civis.
Em resposta, Israel declarou guerra contra o Hamas e bombardeou a Faixa de Gaza. Desde então, o Hezbollah vem lançando foguetes contra Israel para demonstrar apoio ao grupo terrorista e aos moradores de Gaza.
Na semana passada, pagers e walkie-talkies usados por membros do Hezbollah explodiram em uma ação coordenada. Em seguida, Israel anunciou que estava movendo tropas para a região de fronteira com o Líbano.
Israel também lançou uma série de bombardeios contra o Líbano, justificando que estava atacando estruturas do Hezbollah.
Fonte: Redação com g1